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Histórias de quem está se reinventando no trabalho em meio à pandemia

Após 25 dias de portas fechadas, é hora de pensar em novas formas de atendimento para continuar trabalhando. Assim fez a proprietária do restaurante Campina Grill, em Torres (RS). O Decreto Municipal 093/20 publicado pela Prefeitura em 14 de maio incluía novas regras de funcionamento para comércios e serviços. Entre elas, a proibição de buffets em restaurantes. 

O objetivo das novas determinações era evitar que a cidade passasse a ser representada pela bandeira vermelha, que de acordo com o decreto estadual, é a segunda mais grave na evolução de contágio do Covid-19 e no percentual de ocupação de leitos hospitalares. Atualmente, Torres é representada pela bandeira amarela que significa risco baixo.

A proprietária Denise Pacheco conta que após as novas regras determinadas pela prefeitura, precisou se reinventar. “Agora estamos trabalhando com prato executivo, à la minuta e porções de petiscos. Temos delivery de marmitas ou retirada no local”, conta. Depois de quase um mês sem poder trabalhar, ela explica que teve dificuldade para pagar o aluguel do restaurante e que o movimento diminuiu muito. “Atendíamos um grande número de pessoas que trabalhavam em bancos e lojas da cidade, que por conta da pandemia, também precisaram fechar. A expectativa para o futuro é que isso passe logo”, esclarece Denise.

Apesar das dificuldades, todos os cuidados estão sendo tomados para que os funcionários possam trabalhar e atender o público em segurança. O restaurante disponibiliza álcool em gel na porta de entrada, álcool para limpar os objetos, e as mesas, agora em número reduzido, contam com espaço entre elas para evitar aglomerações.

A crise atinge a todos

Nem só as grandes empresas foram prejudicadas pela quarentena. Leonardo Rocha é vestibulando e dias antes do isolamento iniciar, saiu do emprego que estava para morar em Criciúma, mas precisou retornar à Torres por conta da pandemia. “Fiquei quase dois meses sem sair para procurar um serviço por questão de cuidados, mas depois disso precisei sair. Larguei em torno de 40 currículos durante duas semanas e ninguém me chamou. Contatei as empresas no Instagram, coloquei anúncios no Facebook e nenhuma proposta concreta. Está muito difícil conseguir emprego em Torres”, declara. 

Foi quando decidiu iniciar a produção de máscaras para vender. “Minha mãe produziu um modelo que era diferente das mais comuns e eu decidi pegar o molde e fazer. Comecei a produzir, divulguei no Instagram e até então é o que está me ajudando”, afirma. Além disso, o vestibulando também vende golas de tricot em parceria com uma amiga. Ela produz, Leonardo vende por um preço maior e consegue garantir o lucro.

 Mesmo ganhando dinheiro com a venda das máscaras e golas, Leonardo sabe que é algo temporário e não perde a esperança de que a situação vai melhorar. “Ainda estou a procura de emprego, mas o importante é não desistir, pensar que vai dar certo e logo tudo isso vai passar”, diz. (https://web.satc.edu.br/2020/05/historias-de-quem-esta-se-reinventando-no-trabalho-em-meio-a-pandemia)

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