Um debate em torno do desenvolvimento econômico do município, especialmente ligado ao varejo, foi realizado na manhã desta quinta-feira, 28 de abril, na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Criciúma. Por meio de uma parceria da entidade com o Sebrae, o consultor Timóteo Paes de Farias fez a apresentação do Estudo de Potencialidades do Varejo, que tem o objetivo de fomentar o segmento que é responsável, hoje, por cerca de 61% dos empregos da cidade.
A coleta de dados para o diagnóstico foi feita no segundo semestre do ano passado. Após, todas as informações foram condensadas e transformaram-se em sugestões de projetos para alavancar ainda mais o setor. “O estudo foi dividido em três partes. Na primeira, entendemos o passado por meio de dados demográficos e econômicos. Depois, olhamos para o território de Criciúma, analisamos a visão atual e quais as áreas de potencial desenvolvimento. Por último, estudamos as tendências de futuro e identificamos os projetos viáveis para o nosso município”, explica Farias.
As propostas tiveram base em três pilares: no que era desejado pelas pessoas, viável para os empreendedores e factível de tecnologia. Entre as 13 pontuadas, foram apresentadas seis, entre elas a criação de uma moeda digital local, para fortalecimento das relações comerciais; o Observatório do Varejo, a fim de oferecer uma base de dados local e um centro de inteligência do segmento; e o varejo de serviço regional de turismo, saúde e bem-estar, fomentando os negócios para desenvolver o posicionamento nestas três áreas.
O presidente da Fundação Cultural de Criciúma, Zalmir Casagrande, esteve presente no evento e enfatizou que o estudo encurta a distância para pensar no futuro. “Com estas informações em mãos, fica muito mais fácil visualizarmos o amanhã. Os dados do comércio são fantásticos, ele representa muito para a nossa economia. Agora cabe às entidades, poder público, universidades e centros pensantes analisarem de que forma este material poderá ser aproveitado para desenvolvê-lo ainda mais”, pontua.
De acordo com o presidente da CDL, Tiago Marangoni, este é o início de um debate que, com certeza, trará bons frutos ao desenvolvimento municipal. “É nossa responsabilidade ir atrás, estudar tendências, ver de que forma o mercado está se comportando e, por fim, fomentar novas ideias”, diz ele, ao complementar: “este estudo será um norte para as próximas ações da CDL. Com base em números e muita pesquisa, conseguiremos analisar de forma mais clara onde queremos e para onde precisamos ir. O comércio, os consumidores e toda a nossa região ganharão muito com isso”, finaliza.