Em continuidade aos pronunciamentos diários sobre as ações que ao Governo Federal vem implementando no combate ao coronavírus, o ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou que entre as principais medidas está a criação de um auxílio emergencial para os trabalhadores informais. "É a maior rede de proteção social que já foi estendida. São entre R$ 60 bilhões e R$ 80 bilhões para a defesa da saúde dos brasileiros", asseverou o ministro.
A medida deve beneficiar cerca de 38 milhões de brasileiros informais. "Do ponto de vista do déficit primário, estamos gastando bem mais que qualquer país da América Latina. Comparada à nossa renda per capita, [a ajuda aos informais] é igual à ajuda dos Estados Unidos, de US$ 1,2 mil", afirmou. O ministro também ressaltou que a ajuda aos trabalhadores formais deve injetar outros R$ 50 bilhões na economia.
Já o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, reforçou que uma das ações centrais da pasta é dirigida à proteção das pessoas inseridas no sistema prisional. "Temos no sistema prisional cerca de 752 mil presos, quase 15 mil em delegacias, cerca de 7 mil profissionais de saúde atuando nas unidades prisionais e 84 mil servidores. Suspendemos as visitas em 15 de março. Editamos uma série de recomendações conjuntas com o Ministério da Saúde. Orientações de procedimentos, recomendações e medidas que poderiam minorar ou dificultar a disseminação do coronavírus no sistema prisional federal", destacou.
Moro também falou sobre negociação com o Ministério da Saúde para a antecipação da campanha de vacinação contra a gripe, tanto para agentes penitenciários como para os presos, na terceira etapa da campanha. Nesse sentido, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que, em virtude da suspensão das aulas nas escolas, a antecipação da vacinação solicitada por Moro será atendida em prazo ainda mais reduzido.
O ministro Luiz Henrique Mandetta anunciou a implementação de um sistema de inteligência artificial, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, que vai telefonar automaticamente para 125 milhões de linhas de telefone no país. O objetivo é mapear grupos de risco e a disseminação do coronavírus. "Vamos fazer um algoritmo com disparo para que a gente antecipe risco. Será uma grande ferramenta de gestão de pessoas para a gente falar de mobilidade social. A gente pode chegar ao ponto de 'zonas quentes'. É um trabalho de bioestatística e modelagem social", detalhou para explicar como serão direcionadas as políticas públicas de combate à pandemia a partir desse levantamento.