Durante coletiva de imprensa que marcou os 500 dias do governo do presidente Jair Bolsonaro, o ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto, falou sobre o desafio do governo de mostrar as ações tomadas nos últimos 100 dias para mitigar os impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus, demonstrando alguns resultados, mas sem fazer comemorações. Este, inclusive, foi o tom adotado por todos os ministros.
Participaram da coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (15), no Palácio do Planalto, além do ministro-chefe da Casa Civil general Braga Netto, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, a ministra do ministério da Mulher, da Família e dos Diretos Humanos, Damares Alves, e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
O general Braga Netto abriu a reunião falando: "em nome de todo o governo, eu gostaria de me solidarizar com todos aqueles que perderam um ente querido com essa pandemia". Com o mote "Ninguém fica para trás", ele afirmou que o governo priorizou o bem-estar da população e que, em função da pandemia, o foco foi a área social e econômica".
Em seguida, foi a vez do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, prestar homenagem às famílias das vítimas. "Não há momento para comemorar, mas para refletir. Pleito de ressentimento às famílias enlutadas que perderam seus entes queridos em nome do Presidente", disse.
Ele lembrou também que o Governo Federal não tem poupado esforços para conter os danos causados pela pandemia do novo coronavírus. “Nosso Presidente tem batido muito na tecla de que é uma pandemia e que medidas estão sendo adotadas. Tudo está sendo feito, mas é uma pandemia que atingiu o mundo. Se a pessoa não tem trabalho e é profissional liberal vai viver como? Economia e saúde têm que andar juntas, entrelaçadas”, reforçou.
Já a ministra Damares Alves, da Mulher, da Família e dos Diretos Humanos, disse que o governo sonhava com uma grande celebração ao chegar nos 500 dias. Ela lembrou que a data de hoje é também o dia em que se comemora o Dia da Família.
"Nós sonhamos com os 500 Dias e coincidentemente ele é o Dia Internacional da Família. No dia de hoje nós íamos entregar para o Brasil tanta coisa. Entre o 400 e o 500 dias fomos surpreendidos com a pandemia. Estamos um pouco tristes, mas não desanimados. Não temos muito o que celebrar, mas podemos dizer que estão todos sendo cuidados ".
"Nós vamos ter os 1000 dias, e nossa festa será muito maior. Nossas entregas estão nos armários. Estamos cuidando das crianças, dos idosos, da mulher. As cestas básicas vão chegar a Ilha do Marajó. Semana que vem eu e a primeira-dama vamos visitar as regiões ribeirinhas na Ilha do Marajó. As cestas básicas vão chegar a todos, ninguém vai ficar para trás", afirmou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reforçou que não há o que celebrar em meio à pandemia. “O presidente tinha alertado sobre duas ondas. A primeira, da saúde. Lançamos as nossas camadas de proteção social. A segunda é a onda da economia. É a imagem de um pássaro tentando voar. É como as duas asas de um pássaro. Enquanto o problema da saúde não estiver equacionado, não conseguimos voar. Sem a economia também não vamos decolar”.
Sobre o isolamento, ele disse que "o isolamento social protege vidas, mas o isolamento econômico ameaça vidas. Falar da importância da economia não é falar mal da importância da saúde. Interrompemos as reformas estruturantes e implementamos as medidas emergenciais”, afirmou.