Interessante o que me veio na memória para que eu pudesse escrever sobre o tema que o título propõe abordar. Certo que não é causa e razão única da pouca leitura do brasileiro, mas trago uma lembrança curiosa de como as coisas eram, de como vamos rediscutindo nossas condutas e hábitos para, na constante metamorfose que nos envolve, sejamos cada dia melhores.
De repente, lembrando os costumes de um passado próximo, me recordo de que a maioria das casas eram cuidadosamente mobiliadas pela família e, naquele canto, em destaque, se ouvia dizer: “ali vai ficar o bar”.
Era tão natural quanto vender bebida alcóolica em festa escolar. Nossa! Me lembro das festas juninas nas escolas...o quentão...que delícia! Era carregado no vinho e no gengibre...pegando fogo, inverno frio e nós, estudantes (adolescentes), ali sorvendo o caliente quentão. Que festa!!!
Hoje, nem pensar! Olhamos por cima dos ombros e não conseguimos acreditar que ontem era assim, uma coisa normal. Fico pensando quem foi o primeiro e feliz cidadão que levantou a mão e disse: “não se pode estimular o uso de bebida alcóolica em ambiente escolar”.
Verdade!
E, nas casas, anos 80/90, os bares-de-canto-de-sala bem desenhados e repletos de garrafas. Me lembro do Whisky, da Vodka, do Martini (docinho), das Cachaças. Os vizinhos disputavam pra quem tinha o mais sortido, colorido e convidativo bar-de-canto-de-sala.
Ah! Não me lembro de bibliotecas, sequer um livro sobre a mesa de centro.