O governador Carlos Moisés e a diretoria da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) se reuniram na tarde deste domingo, 11, para debater formas de solucionar no longo prazo a escassez de mão de obra do setor tecnológico no Estado. No encontro, o chefe do Executivo determinou a criação de um grupo de trabalho dentro do Governo do Estado para criar políticas públicas para fomentar a qualificação voltada para a tecnologia e inovação. Segundo um estudo recente, o setor tem 5,2 mil vagas abertas em Santa Catarina – e a tendência é que esse número aumente nos próximos anos.
“O ramo da tecnologia e inovação já responde por uma fatia significativa da nossa economia. Somos um dos principais polos do país e queremos ser uma referência internacional. Para isso, precisamos de mão de obra qualificada. Hoje as empresas já encontram dificuldades para preencher as suas vagas. A criação deste grupo de trabalho vai auxiliar na criação de estratégias de médio e longo prazo”, afirma Carlos Moisés.
O grupo de trabalho deve contar com a participação das secretarias de Educação, Administração, Desenvolvimento Econômico Sustentável, de Assuntos Internacionais e da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesc).
Segundo o presidente da Acate, Iomani Engelmann, o mercado de trabalho do setor está aquecido, mesmo durante a pandemia. Por conta disso, ele reforça a importância dessa ação conjunta: “Estamos muito felizes com esse apoio do Governo do Estado nesta iniciativa para formação de mão de obra. Essas ações irão auxiliar no desenvolvimento social e econômico do estado, já que as vagas no setor de tecnologia têm salários acima da média brasileira”.
Segundo a Acate, Santa Catarina possui o quarto maior número de empresas do setor no Brasil. Em 2019, o faturamento do segmento foi de R$ 17,7 bilhões.