O agronegócio segue como o carro-chefe das exportações catarinenses em 2020. De janeiro a abril, o estado faturou US$2,64 bilhões com os embarques internacionais e 70% desse total teve origem no agronegócio, principalmente nos produtos de origem animal. Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa virtual na noite desta quarta-feira, 20, pelo governador Carlos Moisés, ao lado do secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural em exercício, Ricardo Miotto.
Carlos Moisés destacou que o Governo do Estado não parou durante a pandemia e que continua a dar suporte ao setor produtivo catarinense:
“Em momentos como esse, a atuação do Estado é ainda mais importante. Precisamos estar presentes para dar o suporte que a sociedade necessita. Os números das exportações demonstram a força do nosso agronegócio, que permanece como um setor essencial para a nossa economia”.
O secretário Miotto salientou a importância de se ter um ambiente favorável para o desenvolvimento do agronegócio. Segundo ele, Santa Catarina conseguirá superar os desafios impostos pelo novo coronavírus.
"Apesar de toda dificuldade que estamos enfrentando devido à pandemia de Covid-19, o agronegócio segue com números muito positivos. A Secretaria da Agricultura e o Governo do Estado tem trabalhado na criação de um ambiente favorável para que o agro se desenvolva. E o resultado que conseguimos verificar é que 70% do total exportado pelo estado nos primeiros quatro meses deste ano provém do agronegócio. Um número bastante expressivo e que devemos enaltecer, além de agradecer o trabalho feito pelos produtores e agricultores familiares de Santa Catarina", destacou.
Proteína animal lidera exportações
No primeiro quadrimestre de 2020, as exportações do agronegócio catarinense faturaram US$ 1,85 bilhão, com altas expressivas nos embarques de carne suína (39,8%), carne de perus (110%), arroz (334,9%) e soja (51%). A proteína animal responde por 38,4% do total exportado por Santa Catarina, seguido pelos produtos florestais (16,4%) e produtos de origem vegetal (15,6%).
"A agricultura mostra sua importância para o estado e mostra que o trabalho de excelência feito pelo produtor rural rende frutos e representa muito na balança comercial catarinense. Isso aumenta ainda mais a nossa responsabilidade em trabalhar e prover um ambiente seguro no que tange à sanidade animal e vegetal e as demais condições de extensão e pesquisa para que nossos produtores rurais continuem fazendo aquilo que fazem de melhor: produzir alimentos com segurança e qualidade para o mundo todo", ressalta Miotto.
Queda nos embarques
Devido à pandemia do novo coronavírus, as exportações catarinenses foram menores este ano. O resultado total foi 9,1% menor do que o registrado no mesmo período de 2019. No agro, a queda foi de 8%, devido principalmente à queda nos embarques de carne de frango e tabaco. Outros setores não agrícolas retraíram 11,6%.
O analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), Luiz Toresan, explica que embora haja queda nos volumes exportados, devido ao câmbio favorável, os exportadores seguem com um bom retorno pelos embarques. Os valores são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa)
Diferenciais de Santa Catarina
Santa Catarina coleciona os títulos de maior produtor nacional de suínos, maçã e cebola; segundo maior produtor de aves e arroz e quarto maior produtor de leite. O estado é livre de Cydia pomonella, considerada o pior inseto praga da fruticultura e também é o único do país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação - status que abre as portas para os mercados mais exigentes do mundo.