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GERAL

SAÚDE

Cai o número de casos e mortes causados pela Aids no país

Neste 1° de dezembro, lembrado como Dia Mundial de Luta contra a Aids, o Ministério da Saúde apresentou dados que mostram queda no número de casos de detecção e de mortes pela doença no Brasil. Entre 2012 e 2019 houve um decréscimo de 18,7% na taxa de detecção de Aids. Já a taxa de mortalidade teve queda de 17,1% nos últimos cinco anos, entre 2015 e 2019.

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“Hoje talvez tenhamos o menor índice de mortalidade por Aids no Brasil nos últimos 10 anos com 4.1 por 100 mil habitantes”, ressalta o secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Medeiros.

A Aids é uma doença causada pela manifestação do vírus HIV. Atualmente, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Dessas, 89% foram diagnosticadas e 77% fazem tratamento com medicamentos antirretrovirais, que são remédios para impedir a multiplicação do vírus no organismo, distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2020, até outubro, cerca de 642 mil pessoas estavam em tratamento antirretroviral. Em 2018, eram 593.594 pessoas em tratamento.

“Podemos dizer que, dessa população que faz o tratamento com antirretroviral, 94% já não transmite mais HIV por via sexual pelo simples fato de terem atingido uma carga viral indetectável. Isso é muito importante porque reflete a força do nosso tratamento, a força de que quando você dá um diagnóstico precoce e recebe o tratamento adequado, você consegue controlar a doença”, avalia o secretário.

Em celebração ao Dia Mundial de Luta contra a Aids, o Ministério da Saúde lançou a Campanha de Prevenção ao HIV/Aids. Este ano, o slogan é “HIV/Aids. Faça o teste. Se der positivo, inicie o tratamento”. A mensagem da campanha é reforçar a importância da prevenção à Aids e da busca pelo diagnóstico precoce e tratamento da doença.

“Estimulamos cada vez mais a prevenção e a procura do seu médico na unidade básica para que ele possa lhe examinar, fazer seu teste e dar o tratamento disponibilizado pelo Ministério da Saúde”, explica Arnaldo Medeiros.

Panorama da doença no Brasil

No Brasil, em 2019, foram diagnosticados 41.919 novos casos de HIV e 37.308 casos de Aids. A maior concentração de casos de Aids no país está entre os jovens, de 25 a 39 anos, com 492,8 mil registros. Dos números registrados nessa faixa etária, 52,4% são pessoas do sexo masculino e 48,4% do sexo feminino.

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Em um período de 10 anos, houve um aumento de 21,7% na taxa de detecção de HIV em gestantes que pode ser explicado, em parte, pela ampliação do diagnóstico no pré-natal e a melhoria da vigilância na prevenção da transmissão vertical do HIV. Com o cuidado entre as gestantes, de 2015 a 2019 houve redução de 22% na taxa de detecção de Aids em menores de 5 anos.

Ações durante a crise da Covid-19

Durante o enfrentamento à Covid-19, o tratamento dos pacientes com HIV mereceu ações diferenciadas. O Ministério da Saúde expandiu a estratégia de dispensação ampliada dos medicamentos antirretrovirais de 30 para 60 ou até 90 dias. Ou seja, ao invés de retirar medicamento suficiente para apenas um mês, o paciente pode retirar a quantidade necessária para até três meses. Com isso, 77% dos pacientes em tratamento tem dispensação para 60 e 90 dias, enquanto em 2019 eram 48%.

Também houve ampliação no número de autotestes e oferta de teste anti-HIV a pacientes internados com síndrome respiratória.

A Aids

Doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, na sigla em inglês), a Aids ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo.

Transmissão

A transmissão ocorre pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas, pela transfusão de sangue contaminado ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

Conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus. Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo certo e segue as recomendações da equipe de saúde ganha muito em qualidade de vida.

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Tratamento

Os medicamentos antirretrovirais surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Eles aumentam o tempo e a qualidade de vida e reduzem as internações por infecções oportunistas. Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os antirretrovirais.

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