A maioria dos nódulos de tireoide são benignos. Porém, é preciso ficar atento a sinais de crescimento rápido e sintomas, incluindo presença de gânglios na região cervical, alterações da voz, como rouquidão. Já em casos mais avançados, ocorre falta de ar e/ou dificuldade para engolir. Estes sintomas podem indicar uma neoplasia de tireoide e, por isso, o médico deve ser logo procurado.

“Atualmente, não há nenhum exame específico de rastreamento para esta doença. Portanto, a detecção precoce por meio da investigação adequada destes sinais, com avaliação clínica, laboratorial e radiológica é essencial para o melhor tratamento”, afirma a Dra. Fernanda Pruski, integrante da Oncoclínicas no RS. Dentre os exames radiológicos, indica-se a ecografia e, sempre que necessário, poderá ser solicitada a biópsia por agulha fina de nódulos suspeitos.

Este tipo de câncer é muito mais comum em mulheres. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a incidência em 2022 foi de 4.060 novos casos em mulheres e 760 em homens. Entre as principais causas estão o histórico prévio de irradiação do pescoço, histórico familiar de câncer de tireoide e dieta pobre em iodo. Dra. Fernanda explica que essas neoplasias se manifestam geralmente como nódulos na própria glândula, que se localiza na região anterior baixa do pescoço.

O tratamento do câncer de tireoide é cirúrgico e, dependendo do caso, a opção será pela retirada da glândula tireoide (tireoidectomia) total ou parcial. Nas situações de carcinomas bem diferenciados, pode ser indicado tratamento complementar com iodo radioativo. “Outros tipos, como o carcinoma medular, têm indicação de tireoidectomia total e retirada de linfonodos locais. Raramente essas neoplasias desenvolvem metástases, assim como são resistentes à terapia com iodo”. Nessas circunstâncias, de acordo com a oncologista, a terapia alvo pode ser uma alternativa. Para prevenir o surgimento da doença, as indicações são manter uma dieta balanceada, hábitos de vida saudáveis e ficar atento aos sinais e sintomas da doença