Os pacientes e familiares, além dos colaboradores do Centro Especializado em Reabilitação (CER II) da Unesc, participaram do encerramento das atividades de 2022 na tarde desta quinta-feira (15/12), na Universidade. Embalados pela música do grupo Revelação que diz “Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé, manda essa tristeza embora”, os participantes compartilharam relatos de transformação de vidas, fizeram agradecimentos e se emocionaram com as histórias contadas.
“Preparamos tudo com muito amor e carinho. Os profissionais do CER são muito dedicados e estão muito empenhados em fazer o melhor para cada um dos pacientes. Obrigado pela presença de todos vocês”, agradeceu o coordenador do Centro, Aires Mondardo Junior. Um café também foi oferecido aos pacientes como forma de agradecimento.
“Muito obrigado por fazer parte da vida de vocês e contribuir nesse processo de reabilitação. Para nós é muito gratificante estar com vocês”, acrescentou o médico do CER, Eraldo Belarmino.
Atualmente, o CER atende 400 pacientes e, por mês, são realizados 1,6 mil atendimentos envolvendo 24 profissionais entre assistente social, enfermeiro, médico, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicólogo, cirurgião-dentista, fonoaudiólogo, entre outros.
Alegria no meio da dor
Paciente do Centro, Luana Campos Dias, aos 27 anos, sofreu acidente de carro em 2019 e não imaginava o caminho que ia encontrar pela frente. Depois de ficar em coma pelo período de 24 dias, ela saiu do hospital com um único pensamento: jamais desistir.
“Hoje carrego as sequelas do acidente, mas lutei muito para ter a minha independência. Apesar das dificuldades, nunca deixei de fazer os exercícios propostos pela equipe. Jamais desistam e persistam. Tenho muitas dificuldades ainda, mas busco sempre aprimorar”, comenta.
Conforme Luana, com os avanços foi possível que em setembro ela participasse de uma corrida de dez quilômetros e hoje a cada dia está mais motivada para alcançar novos desafios. “Me superei mais uma vez. Em meio a tropeções, dores, músculos travados, não parei cinco minutos de correr”, comemorou, emocionada.
Rankel teve traumatismo craniano e ficou 48 dias internado. “Ele chegou aqui no CER sem andar e nem falar. Mas encontramos profissionais que acenderam a nossa esperança. A cada vinda passei a me sentir segura. Criamos esse vínculo com os profissionais e isso foi fundamental na recuperação dele. A eficiência, a empatia e o calor da equipe chega até nós para aliviar nossas dores”, assegurou a mãe, Márcia Bertan. “Hoje ele consegue andar e falar e isso é muito emocionante. Gratidão a todos”, complementa ela.
“O CER é um grupo de anjos que se entrega para a gente viver novamente. Para mim é vida”, acrescenta a paciente Cleusa Martins, de 66 anos, que teve um AVC no dia 8 de maio, data em que se comemorava o Dia das Mães. “Nesse dia eu iria almoçar com os meus filhos, mas acordei sem poder me mexer. E aí começou minha luta. Fui para o hospital e depois conheci esse lugar maravilhoso. Nunca faltei às terapias e isso foi importante para a minha recuperação. Vim aqui hoje para dizer: não desistam”, finaliza.