Dezenas de empresas britânicas manterão a semana de trabalho de 4 dias após o término de um programa piloto
Parte das empresas do Reino Unido começam a adotar a semana de trabalho de quatro dias, segundo a NPR, uma organização de mídia independente e sem fins lucrativos. A iniciativa acontece depois da realização de um programa piloto que avaliou os resultados da nova jornada. O programa foi uma colaboração entre a organização sem fins lucrativos 4 Day Week Global, a 4 Day Week Campaign no Reino Unido, além do think tank Autonomy.
Intitulado The results are in: the UK´s four-day week pilot, o estudo final do programa condensa a experiência envolvendo cerca de 2,9 mil trabalhadores em 61 empresas – entre organizações sem fins lucrativos, fabricantes e empresas financeiras até mesmo uma loja do tradicional prato britânico fish and chips (peixe com batatas fritas). Os testes ocorreram de junho a dezembro do ano passado e os resultados mostraram grandes benefícios para a saúde e produtividade dos trabalhadores quando suas horas semanais de trabalho foram reduzidas.
Semana de 4 dias no Reino Unido é definitiva em várias empresas
O planejamento do estudo envolveu dois meses de preparação dos participantes, com workshops, coaching, orientação e apoio de pares, com base na experiência de empresas que já haviam adotado a semana de trabalho mais curta. Cada empresa elaborou uma política sob medida à sua indústria específica e uma variedade de semanas de quatro dias foram desenvolvidas em comparação com o clássico modelo de sexta-feira de folga.
A avaliação do programa piloto mostrou que a iniciativa foi um sucesso. Das 61 empresas que participaram, 56 continuam com a semana de quatro dias (92%), sendo que 18 delas confirmaram que a política é uma mudança permanente. Alguns dos benefícios do trabalho mais curto se refletiram no bem-estar dos funcionários: 39% dos funcionários ficaram menos estressados e 71% tiveram níveis reduzidos de esgotamento. Para 54% deles tornou-se mais fácil conciliar trabalho com tarefas domésticas.
Os defensores da semana mais curta também avaliam que é possível para as empresas reduzir a semana para 32 horas, sem redução no pagamento.
