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SEGURANÇA

Especialista pede atenção às formas de proteção para evitar crimes cibernéticos

Policiais, professores, profissionais da rede de proteção e servidores do Judiciário na Serra Catarinense receberam orientações sobre como prevenir crimes cibernéticos sofridos ou praticados pelo público infanto-juvenil. Por meio do projeto "Conhecer para se proteger", especialista na área e em segurança digital alerta para os riscos na internet e como tomar medidas para evitar crimes como pornografia infantil, assédio sexual, sexting e até mesmo golpes na rede. Em Lages, a capacitação ocorreu nesta quarta (14), na Uniplac, organizada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, através da Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude (Ceij).

Esta é a primeira etapa do projeto. Posteriormente, escolas da rede estadual de ensino da região serão selecionadas para receber palestras e atividades direcionadas aos pais, professores e alunos. No primeiro encontro, o agente da polícia civil Ivan de Souza Castilhos, integrante do Núcleo de Inteligência e Segurança do TJ, abordou o funcionamento das redes sociais, como se proteger nelas e, especialmente, como atuam os chamados "predadores".

"O comportamento do usuário faz toda diferença para se ter um ambiente seguro", alerta. Colocar fitas para obstruir câmeras e microfones em computadores dificulta o acesso de hackers. Com esses canais abertos, eles podem capturar imagens e áudios comprometedores, por exemplo. Castilhos diz que fazer a verificação em duas etapas em contas de aplicativos de mensagens oferece mais segurança.

Quanto ao uso das redes sociais, Castilhos orienta a restringir as informações nos perfis e evitar, sempre que possível, publicar a localização. "As histórias ou status somem em 24 horas, mas quando se coloca a identificação geográfica ou hashtag fica registrado e é possível encontrar por meio da busca em qualquer momento". Neste ponto, indicou aos professores fazer pesquisa com o nome da escola para identificar quais alunos estão mais vulneráveis aos crimes.

Aos pais, reforça que é fundamental saber as senhas dos aparelhos e redes sociais para acompanhar os acessos dos filhos na internet. "Estabelecer uma relação de confiança é fundamental para que as crianças e adolescentes se sintam à vontade para falar sobre situações em que possam estar envolvidos". Além disso, propor limites e negociar tempo de acesso. "Os pais são responsáveis e respondem criminalmente por atos praticados na internet", destaca.

O projeto "Conhecer para se proteger" ocorre mediante parceria entre TJSC (Ceij), Secretaria Estadual de Educação e Polícia Civil de Santa Catarina. Em Lages, o evento integrou a programação de atividades em comemoração dos 160 anos da comarca, completados no último dia 10. (fonte: tj.jus.sc)