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SGT ALEXANDRE DA ROSA

Fundo Partidário: um parasita causador de danos profundos

Em meio a tanta polêmica gerada pelo desastroso discurso do então Secretário Nacional da Cultura, Roberto Alvim, o Presidente Jair Bolsonaro, meio a contragosto, sancionou a lei que irá “abençoar” as eleições municipais desse ano.

Serão cerca de dois bilhões de reais que “estarão sendo sabiamente investidos na política de nosso país”. Dinheiro que antes seria empregado na melhoria de hospitais, escolas e estradas, mas que em outubro financiará sobretudo a propaganda partidária no rádio, nos jornais e na televisão brasileira. Seria isso um descaso com o dinheiro público ou um grande investimento para o futuro de nossa nação?

Pois bem, ao que tudo indica, “o cenário estará pronto para a investida de novos Tiriricas”.            Esperamos que não sejamos outra vez, vistos como os acomodados do passado e tenhamos que assistir de camarote, tais recursos sendo utilizados maldosamente na compra de votos por meio de mimos (gasolina, dentaduras, óculos, remédios, materiais para construção entre outros).

Aliás, em uma época de tanta facilidade de acesso a informação, será que alguém ainda consegue se deixar enganar por “alguma raposa felpuda”? Ou não, o ser humano faz isso simplesmente porque é ganancioso por natureza? Em outubro, você terá a chance de extirpar da esfera política, aquele sujeito que pouco contribuiu com o desenvolvimento de nossa/sua cidade.  O voto consciente, diria Antônio Costa, “é o único voto que o candidato corrupto não consegue comprar, pois esse voto só se conquista com a verdade”.  

 Diferente disso, continuaremos nos indignando ao ver imagens do caos na saúde, revoltados por assistir idosos penando nas angustiantes filas das cirurgias, e estarrecidos diante de um trânsito que mata mais do que muitas guerras. Também não queremos a ambulancioterapia servindo de paliativo para a saúde dos pequenos municípios, nem tão pouco que a judicialização se torne via de regra quando o assunto em questão for a aquisição de remédios. Vereadores vulgarmente vistos como massa de manobra ou simples marionetes de prefeitos: nem pensar!

 Queremos sim sujeitos pensantes, capazes de elaborar projetos que visem melhorar a vida das crianças, dos jovens e dos idosos. Enfim, decisões políticas coerentes trarão inúmeros benefícios para o futuro individual e também coletivo de todos aqueles que amamos.

Renovar é preciso. Porém, com sabedoria! Será que seguiremos apáticos, nos entristecendo com o fechamento de escolas e nos alegrando com a inauguração de presídios? Acredito que não. Longe de mim ser um mero pessimista ou até mesmo interpretar aqui, o papel dos antigos amalequitas (povos que segundo biblistas eram conhecidos por transmitirem notícias ruins). Pelo contrário, o foco é outro.

 O objetivo é conscientizar o quão maléfico a corrupção tem sido para a nossa nação e que a mudança desse paradigma, só será possível, se extinguirmos antigos hábitos do nosso cotidiano.  Esses deslizes morais e éticos, segundo Fábio Silva, podem estar em todo lugar. Através do seu artigo publicado em uma importante revista eletrônica, o jornalista apontou os dez exemplos de corrupção mais presentes no cotidiano dos brasileiros. São eles; Sonegação de impostos, carteirinhas falsas, compra de CNH, fazer hora no trabalho, pirataria, desrespeito aos outros, vantagens ao obter o troco, pagar um “cafezinho”, contrabando gourmert e o gatonet (aparelho que abre todos os canais de TV a cabo).

Acredito que tenha faltado na lista do nobre jornalista, a moda do momento no serviço público: a rachadinha. Lembrando que chegará o dia em que prestaremos contas de nossas ações. Ou seja, haverá luz para uns e grande ranger de dentes para a maioria.

A escolha é sua!