O valor semestral foi elevado para R$ 60 mil. Para os outros cursos, o teto é de R$ 42,9 mil por semestre.
O teto para financiamentos de cursos de medicina via Fundo de Financiamento Estudantil, o FIES, subiu para R$ 60 mil por semestre. O aumento de mais de 13% foi referendado com a Resolução nº 54/2023, publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União, após decisão do Comitê Gestor do FIES no início do mês.
O novo valor vai ser aplicado a novos financiamentos e na renovação semestral a partir do 2º semestre de 2023, no caso de contratos já em vigor. Para os demais cursos, foi mantido em R$ 42.983,70. Pela regra, é de responsabilidade dos estudantes o pagamento dos valores que superem esses tetos. O valor semestral mínimo de financiamento para todos os cursos é de R$ 300.
REVOLUÇÃO - A iniciativa reforça uma das propostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforçada em discurso realizado no dia 2 de junho, na inauguração de novas instalações da Universidade Federal do ABC, em São Bernardo (SP), instituição planejada e criada durante o seu primeiro mandato.
“É por isso que eu, mesmo sem ter diploma universitário, coloquei na cabeça a ideia de que a gente iria fazer uma revolução educacional nesse país. E vamos fazer. Cada real que a gente investe na educação, voltam milhares de reais para os cofres desse país para ajudar a gente a cuidar da vida do nosso povo”, disse.
O QUE É - Por meio do Fies, as instituições privadas de ensino superior recebem o valor financiado diretamente do agente operador. Em troca, o estudante começa a pagar o financiamento após receber o diploma.
COMO É – O FIES tem como objetivo conceder financiamento a estudantes em cursos superiores privados, com avaliação positiva Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) e ofertados por instituições particulares. O Fies possibilita juros zero a quem mais precisa e uma escala de financiamento que varia conforme a renda familiar do candidato.