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JUCEMAR RAMPINELLI

Muita eleição e pouco dinheiro

E quem pode ser contra?

É impossível e não consigo acreditar que tenha alguém que defenda eleições no Brasil a cada dois anos. Termina uma e, no dia seguinte, estão os políticos e seus partidos já articulando a eleição seguinte...logo ali...dois anos depois.

 Nem bem começa e já para!

É isso. O político eleito começa a trabalhar com um olho em cada objetivo: de exercer o mandato e o outro no de eleger sua turma na eleição seguinte, quando não ele mesmo que estará disputando. Se eleito prefeito, já trabalha pra eleger governador. Se elege governador, já trabalha pra eleger prefeito. Assim também pra vereador numa e deputados e senadores noutra.

Tem projeto, mas não se tem vergonha

Está tramitando na Câmara dos Deputados o Projeto de Emenda Constitucional do deputado catarinense Peninha, que busca unificar os mandatos. Para isso, a proposta defende que os mandatos dos atuais prefeitos sejam estendidos por mais dois anos, ou seja, que as eleições de 2022 se tenha eleição de prefeitos, vereadores, governadores, deputados estaduais e federais, senadores e presidente da República. O que precisa é vergonha na cara dos deputados e senadores para que o projeto seja aprovado.

3 bilhões?

Esse é o valorzinho que será economizado já em 2022 em se aprovando a unificação das eleições. Além de tamanha economia, como dito no início, acabando com eleição a cada dois anos o candidato eleito vai se preocupar em trabalhar para o bem do povo e não, no dia seguinte após ter sido eleito, trabalhar pra eleger, logo ali adiante, um de seu partido.

Acabar com a reeleição

Brincadeira essa tal de reeleição. Tem que acabar com isso também. O eleito tem que suar sangue para bem governar e não ficar confabulando estratagemas para se manter no cargo na próxima eleição. Certo é que nos últimos seis meses de governo o candidato a reeleição foca apenas em sua reeleição...ficando o povo piiiiiiiiiiii!

Tudo isso está sendo discutido

Você precisa saber que tudo isto está sendo discutido no Senado e na Câmara dos Deputados. Precisa saber, também, que nossos legisladores tremem com a pressão popular. Então, fique de olhos atentos e cobre, pelas redes sociais ou pessoalmente, dos seus eleitos.