Tão grande quanto o território tupiniquim é o número de golpistas existente em nossa nação. Aqui, onde tudo que se planta dá, tem imperado a infeliz política do jeitinho brasileiro, ou seja, "farinha pouca, meu pirão primeiro".
Pois bem, como diriam nossos avós: “Hoje não dá pra confiar em mais ninguém”. Verdade ou mero pessimismo?
A escola do estelionato a cada ano que passa vem formando novos adeptos. Se antes o presídio lapidava esse tipo de mau caráter, hoje, um bom picareta recebe o diploma sem tirar a bunda da cadeira. Eis a modernidade, onde você conhece o mundo sem sair da sua casa.
Há quem diga que a internet é o infinito que podemos alcançar sem muito nos esforçar. Um lugar que oportuniza a chance de esconder a face, transformar a voz e até modificar o caráter. Território de gente vaidosa, astuta e sem nenhum escrúpulo.
Para o estelionatário, basta saber encantar a pessoa que está no outro lado da tela e o universo conspirará a seu favor. Para a vítima, o simples toque no teclado garantirá a passagem provisória ao obscuro mundo da decepção. Pode-se dizer que estamos diante de novas versões de lobos que se travestem de cordeiros. Portanto, “sejamos prudentes como as serpentes e sem malícia como as pombas”.
Lembrando que instituições como a Previdência Social, a Receita Federal, o DETRAN como também dezenas de seguradoras pelo nosso Brasil a fora já foram vítimas da ação desses criminosos.
A prevenção será sempre o melhor remédio. E em se tratando de ambiente virtual alertamos para os seguintes cuidados com: as mensagens promocionais pelo whatsapp (conteúdos atrativos podem esconder vírus maliciosos para o seu smartphone), as campanhas promocionais no facebook (podem mascarar armadilhas), os e-mails de recadastramento de instituições financeiras (a ideia pode ser a de adquirir os seus dados pessoais), sites falsos de vendas e a falsificação do código de barras dos boletos bancários (você acha que está pagando a sua conta, quando na verdade o dinheiro foi depositado na conta da bandidagem).
Outras situações também requerem muita atenção, especialmente quando for fechar um negócio. Citamos a compra de um carro, por exemplo. Você já deve ter ouvido falar do vendedor que compra o carro mais barato (de enchente) em São Paulo e aqui vende o mesmo como se fosse uma joia rara.
Qual seria a solução para não comprar gato por lebre? Simples. Dê uma volta com o tão desejado veículo e, ao final, leve-o para ser analisado pelo mecânico de sua confiança.
Não podemos deixar de dar atenção ao avarento, aquele sujeito que não resiste à tentação do dinheiro e acaba se deixando levar pelo golpe do bilhete premiado. Exemplificando, paga-se mil reais por um bilhete que teoricamente valeria meio milhão. Uma estória tão fantasiosa quanto à versão original do Chapolin Colorado. Lembram-se dele: “Não contaram com a minha astúcia”!
Oferecer ajuda a pessoa idosa no caixa eletrônico também tem sido outra prática comum quando o assunto em questão for a obtenção de vantagens. Confie sempre desconfiando. E na dúvida, não tenha vergonha de pedir ajuda.
Nunca é demais lembrar que a família é o nosso bem mais precioso.