Representantes da entidade reuniram-se com secretário de Estado e deputados para apresentar pleitos da classe empresarial e da comunidade
Dando continuidade à sua trajetória em defesa das bandeiras do Sul catarinense, uma marca ao longo dos 80 anos de atuação, a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) trouxe à pauta novamente demandas da classe empresarial e da comunidade da região. Os pleitos foram discutidos com lideranças políticas na última semana.
Infraestrutura
Em reunião com o secretário adjunto de Infraestrutura do Estado, Ricardo Grando, o presidente Valcir José Zanette reiterou a importância de investimentos nessa área para promover o desenvolvimento socioeconômico regional
“Conversamos sobre diversas rodovias que precisam da atenção do Estado, seja na continuidade das obras, no início dos trabalhos ou na elaboração dos projetos para execução”, informa Zanette.
Entre as rodovias tratadas estão SC’s que cortam a região, o prolongamento da Via Rápida até Balneário Rincão, a conclusão do Anel de Contorno Viário de Criciúma e da ponte sobre o rio Araranguá, bem como o apoio do Estado para a conclusão da pavimentação da BR-285.
Legislação
Na última semana, a Acic também recebeu a visita de parlamentares, com os quais foram discutidas questões relacionadas à legislação, um dos eixos de atuação trabalhados pela diretoria da Associação, assim como a infraestrutura.
Ao deputado federal Luiz Fernando Cardoso, houve a solicitação de empenho na defesa do projeto de lei que altera o limite anual da receita bruta para a opção pelo lucro presumido, para que corresponda a até R$ 130 milhões, assim como do PLC 108/21, que atualiza o Simples Nacional.
“Ressaltamos ao deputado a grande expectativa das empresas e da sociedade do Sul de Santa Catarina quanto ao importante papel desempenhado pelos representantes políticos para que atuem na defesa das necessidades de nossa região, contribuindo para o progresso e o bem-estar da população catarinense”, comenta Zanette.
Indústria plástica
Com o deputado Pepê Collaço, coordenador da Bancada do Sul na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), foram discutidos projetos que devem entrar na pauta da Casa Legislativa nos próximos dias. Entre eles, matérias que desestimulam a indústria plástica.
“Não podemos correr o risco de perder essas empresas, que têm uma representação significativa na economia do Sul do Estado. Muito se fala nos resíduos plásticos, mas as indústrias têm diversas iniciativas de reaproveitamento desse material”, pondera Zanette.
“É estratégico para o setor criar mecanismos de retorno desse material para a cadeia produtiva”, reitera Elias Caetano, diretor executivo do Sindicato das Indústrias Plásticas do Sul Catarinense (Sinplasc), que entregou ao parlamentar um documento elaborado pelo sindicato, apontando a relevância econômica do segmento.
Tributação
Também fez parte da pauta a regulamentação das legislações do Terceiro Setor (Lei 18.374 20/05/22) e da Transição Energética Justa, assim como a proposta protocolada na Alesc pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), que trata da alteração dos limites para o cálculo do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD).
“O ITCMD tem alíquotas progressivas, de 1 a 7%, dependendo do valor do bem que está sendo transmitido, mas essas faixas hoje estão totalmente defasadas. Para se ter uma ideia, a primeira faixa é para imóveis até R$ 20 mil, um valor muito distante do praticado no mercado”, considera Ailton Schuelter, diretor da Acic, também presente à reunião.
“Vamos levar todas essas pautas adiante e discuti-las em conjunto na Bancada do Sul. São matérias importantes para nós, mas só conseguiremos avançar se trabalharmos juntos, parlamentares e entidades empresariais”, entende Collaço. Uma reunião entre os deputados e entidades empresariais do Sul ficou pré-agendada para outubro.