Os docentes da Escola Estadual Irmã Edviges, localizada no bairro Mina União, vêm promovendo atividades diferenciadas para auxiliar o ensino dos seus estudantes nessa época de pandemia. Com todos em casa, o desafio dos educadores é buscar e trazer novidades em questão de metodologias, abordadas de forma lúcida para que o aluno continue aprendendo.
A culinária foi a forma encontrada pela professora Elaine Fenner do quarto ano do ensino fundamental para que fosse desenvolvida uma atividade prática junto com a família, aliada com a teoria da história das sete etnias colonizadoras de Criciúma, além da contribuição através da arte e da religião, entre outras.
“A atividade interdisciplinar, que envolve várias disciplinas do conhecimento, é baseada nos estudos que os alunos tiveram sobre o município. A proposta foi uma pesquisa sobre receitas típicas das etnias para a criação de um livro de culinária. Os estudantes ainda desenvolveram a receita que mais gostaram, com o auxílio de um responsável”, comentou a professora.
O trabalho foi postado na plataforma do Google Classroom e também dado aos alunos que buscam as atividades de maneira impressa semanalmente em dias definidos pela Escola. “Todos me devolveram através de vídeo ou foto pelo WhatsApp. Ficamos surpresos e felizes com a quantidade de material feito, de ver os nossos estudantes demonstrando essas habilidades na cozinha e consequentemente a aprendizagem desses estudos”, frisou Fenner.
Cubo infinito
Outro exemplo de atividade é o cubo infinito, uma espécie de cubo mágico feito de origami sem um fim, trabalhado pelos estudantes do sétimo, oitavo e nono anos da disciplina de Matemática. “Trabalhamos medidas e formas geométricas construindo o cubo a partir do papel. Através dele, sugeri trabalhar a carga de stress que muitos alunos estão vivendo, brincando e desenvolvendo ainda mais as suas habilidades e criatividade”, ressaltou a professora da disciplina, Enilda Sebastiana dos Santos.
“Quando pensei em dar a atividade, primeiro, antes de ser professora a gente é mãe. Ficamos assistindo às aulas dos filhos e a gente sabe que não é fácil. O distanciamento vem trazendo uma forma tediosa de aprendizagem. Na parte do origami, vejo uma parte do aluno se distrair, voltando o pensamento para outro lugar enquanto costuma construir novas formas. Claro que as aulas presenciais são melhores, mas temos que nos adequar ao momento”, concluiu Sebastiana. (Colaboração: Natasha Monteiro)