Santa Catarina encerrou o primeiro semestre do ano com recorde no comércio exterior após seis meses consecutivos de máximas na série histórica iniciada em 1997.
As exportações nos primeiros seis meses somaram US$ 5,8 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 13,5 bilhões. O aumento na cotação de preços e a retomada da corrente internacional estão entre as razões que ajudam a explicar os bons resultados na balança comercial catarinense.
“Santa Catarina teve uma participação de 3,6% do total de exportação brasileira no primeiro semestre deste ano. O crescimento das vendas para o exterior, principalmente de produtos de alta intensidade tecnológica, demonstram a competitividade e a qualidade da nossa indústria no mercado internacional”, comenta o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Durante o período, os principais mercados de Santa Catarina continuam sendo os Estados Unidos (18,4%) e a China (13,6%). Os Estados Unidos vêm puxando a expansão das exportações catarinenses de motores elétricos, partes de motor, madeira serrada e obras de carpintaria para construção.
“Devido à desaceleração da economia chinesa, as exportações catarinenses para o país sofreram redução no primeiro semestre. Apesar disso, Santa Catarina diversificou e fortaleceu outros mercados internacionais, principalmente na União Europeia, Oriente Médio e Oceania”, completa Aguiar.
Sobe e desce nas vendas de carne de aves e suína
As carnes de aves se mantiveram como o principal produto exportado por Santa Catarina no primeiro semestre, com 15,9% do total.
De acordo com a economista do Observatório FIESC, Mariana Correia Guedes, focos de influenza aviária em diversas partes do mundo, assim como a inflação de alimentos substitutos, permitiram o aumento na demanda pelo produto catarinense, enquanto ocorrem quedas nos estoques mundiais. Houve um crescimento nos embarques do produto para Filipinas, Coreia do Sul, Chile e México, com contribuição importante para o resultado.
Por outro lado, as vendas de carne suína tiveram queda em relação ao primeiro semestre de 2021, ocasionada em parte pela normalização da produção chinesa após a crise sanitária de Peste suína africana. Ainda assim, o produto se manteve como o segundo mais exportado do estado.
Conforme análise do Observatório FIESC, a queda foi amenizada pelo aumento das vendas catarinenses a outros países, como por exemplo, Filipinas, que passou a ser o segundo principal mercado do produto catarinense nesse semestre.