Branding Imagem

SGT ALEXANDRE DA ROSA

Vírus sofreu mutação no Brasil e não gosta de professores

Desde o seu surgimento, ouvimos falar de inúmeras histórias sobre o Coronavírus. Os cientistas relatam que o mesmo ama o clima frio, que é obstinado por idosos e que na “Terra do Tio San”, ele passou também a direcionar as suas atenções aos negros (por serem mais propensos ao diabetes, hipertensão e a asma).

De acordo com Alessandra Corrêa, jornalista da BBC, “as disparidades são resultado de desigualdades estruturais que fazem com que comunidades negras no país fiquem mais suscetíveis ao contágio”. Ou seja, “enquanto as autoridades recomendam ficar em casa e seguir medidas de distanciamento social para reduzir o risco de contágio, muitos americanos negros atuam em profissões consideradas essenciais e nas quais não é possível trabalhar em casa -, fazendo com que tenham de usar transporte público e passar o dia em contato com outras pessoas”. Eis a doença que age na desigualdade social.

Podemos comparar a importância de ter um plano de saúde nos EUA a uma linha tênue, sendo ela capaz de decidir entre a vida e a morte.

Vidas ceifadas em razão da falta de planejamento. Sonhos transformados em pesadelos, rosas que deixam de existir, ficando apenas os espinhos da saudade.

Mas e aqui, como ultimamente vêm atuando o inimigo em comum?

Pois bem, em nosso território, sobretudo na terra do carvão, ele tem feito estrago no bolso. E são os educadores suas maiores vítimas.

Nem mesmo os milhões destinados pela Câmara Municipal e por nossos deputados, nem tão pouco os recursos do Governo Federal (R$ 7.859.716,59) e a promessa de compensação das perdas do ICMS/ISS pelo mesmo Presidente Bolsonaro, não estão sendo suficientes para amenizar a voracidade desse vírus.

Alguém certa vez me disse que “oportunidades são geradas na crise”. Pensando nisso, não seria interessante ver os mesmos vereadores que votaram a favor do desconto de 30% dos salários dos professores, também procurar outros meios para superar essa crise? Quem sabe perguntar ao mesmo autor dessa proposição, sobre “o porquê da ‘malha fina’ não ter passado na Infraestrutura, na DTT, na Fiscalização de Tributos, entre os Secretários, enfim, o que há de especial no ‘alto clero’ - para serem poupados dessa benção”? Privilegiados? Sortudos? Ou não, seria mero esquecimento de quem idealizou o confisco?

Será que o professor, aquele que ensina todas as profissões, são menos importantes do que a turma dos comissionados? E o principal, se os recursos que pagam os salários dos nossos educadores, são provenientes do Governo Federal (por meio do FUNDEB), com que direito ele pode vir a sofrer esse tipo manipulação? Não seria uma forma indevida de apropriação? Não caberia uma intervenção do Órgão Fiscalizador (Ministério Público Federal)?

Também não conseguimos compreender o fato de uma professora da AFASC, receber um salário inferior aos dos demais professores da Rede Municipal de Ensino, sendo que a fonte pagadora é a mesma.

Para um pai ou mesmo para um juiz: “PROFESSOR É PROFESSOR”. Por que então em nosso Município esse olhar é diferente?

As Policias Militar e Civil, diariamente realizam apreensões de valores decorrentes do tráfico de drogas. Em 2019, por exemplo, em uma única operação, as forças de segurança

apreenderam a bagatela de R$ 1.984.430,00, ou seja, um desfalque de quase dois milhões de reais no submundo do tráfico.

Quem sabe as tratativas do caminho para a aquisição de parte desse recurso venha ser facilitada, por meio de um simples telefonema à Dra Débora Zanini, Juíza e também escritora, responsável pela Vara de Execuções Penais.

Um dinheiro que abençoaria inúmeras pessoas através de álcool em gel, produtos de limpeza, alimentos, camas hospitalares, mascaras e luvas descartáveis.

Com esse recurso em mãos, o desconto nos salários dos professores, certamente poderia ser repensado.

coronavírus

professores

redução salários