Cada vez mais a tecnologia apresenta novas soluções e desafios para a sociedade e a inteligência artificial é uma realidade na área jurídica. A transformação tecnológica do Direito visa à automação, melhoria dos processos, atendimento humanizado e geração de valor. Mas como a advocacia, considerada uma das profissões mais antigas da humanidade, se adapta à nova era jurídica?

A necessidade de uma profunda conexão com o saber técnico jurídico não deixará de existir, mas à medida que a inteligência artificial é cada vez mais usada no trabalho documental e analítico, os advogados precisam assumir o papel de estrategistas, atento às mudanças das dinâmicas sociais. E é esta a reflexão que o advogado Edson Rosa Junior, mestre em Direito pela Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, propõe para este Dia do Advogado, celebrado em 11 de agosto. 

“A tecnologia é uma aliada poderosa, mas não se deve perder de vista a missão fundamental de buscar a justiça e proteger os direitos dos indivíduos à medida que trilhamos o caminho rumo ao futuro da advocacia, é imperativo que abracemos a inovação com alicerces sólidos de ética e responsabilidade", declara o especialista.

Rosa explica que não se trata apenas de fazer uso ou não de inteligência artificial e novas tecnologias, mas de mudar a forma de pensar, de trabalhar e operacionalizar. 

“O advogado da nova era jurídica deve ser mais do que mero usuário de tecnologia, precisa moldar o seu desenvolvimento. Também precisa ir além de conhecer a lei, sendo necessário interpretar o contexto humano e social no qual ela se aplica. Ao fazermos isso, estaremos verdadeiramente preparados para percorrer novos caminhos e enfrentar os desafios da advocacia do futuro", finaliza.